Desmistificando a Hipnose
Venho abordar
esse tema para desmistificar a palavra Hipnose. Muitos tem medo da prática e da
utilização de suas ferramentas, por não terem conhecimento de como, sendo bem
empregada, pode ajudar e transformar. Quase todo mundo já experimentou alguma
forma de hipnose em algum momento da sua vida. Pense em alguma vez em que você
se pegou, por um breve momento, inconsciente daquilo que estava fazendo. Na
verdade, toda hipnose é auto-hipnose e o paciente está sempre no controle. Não
há nada a temer, porque é um processo completamente seguro quando é usada
profissionalmente.
A palavra hipnose
vem do grego hypnos, que significa sono. Mas na verdade não é isso que acontece,
é uma forma de comunicação que pode provocar mudanças no pensamento, no
sentimento e no comportamento. O Dr. Milton
Erickson, fundador da American
Society of Clinical Hypnosis, criou a Hipnose Eriksoniana quando surgiu com
essa ferramenta para a modernização da hipnose clássica.
Trata-se de um
estado alterado de consciência e percepção, de relaxamento, no qual o
consciente e o inconsciente podem ser focalizados por ficarem mais receptivos à
sugestões. É possível haver um processo educativo, de orientação, recuperação e
modificação do que leva determinada pessoa a ter certo comportamento indesejado,
auxiliando e proporcionando o ajustamento, a superação e solução de conflitos e
problemas diversos.
O uso dessa
ferramenta facilita, em teoria, a descoberta de novas opções na vida e a quebra
de padrões de sentimentos e comportamento indesejáveis. Os fenômenos hipnóticos
podem ser descritos como sendo: Rapport, catalepsia (ausência da vontade de se
mover), dissociação (pensamento/ sensação/ sentimento), analgesia (diminuição
da sensibilidade à dor), anestesia (não sentir parte do corpo), regressão de
idade, progressão de idade (o que na PNL chamamos de Ponte ao futuro),
distorção do tempo, entre outros.
A Hipnose
Ericksoniana também é conhecida por Hipnose Moderna, pelo motivo de utilização
do método conversacional ou simplesmente o uso coloquial das palavras. Em uma
conversa tradicional a pessoa é levada a um estado alterado de consciência,
facilitando o entendimento, processamento e interação inconsciente.
Ela pode ser usada para muitos tratamentos e apoio dentro da Psicologia, na
medicina, na odontologia entre outros.
Como muitos
outros, um dos maiores mitos sobre hipnose é que você perderá a consciência. Na
hipnose você muda da consciência de vigília para a consciência hipnótica, porém
não se perde a consciência. Você ficará ciente de tudo em cada momento e ouvirá
tudo que o hipnólogo estiver dizendo. Consciência de vigília é quando você está
alerta para o que acontece ao seu redor, consciência hipnótica é quando você se
volta para o seu próprio interior. De forma alguma a sua vontade se
enfraquecerá, você estará no controle e, se desejar por qualquer razão sair do
estado hipnótico, pode fazer isso simplesmente abrindo os olhos. Você não pode
ser forçado a fazer nada contra a sua vontade. Os hipnotistas de palco gostam
de que a platéia acredite que eles têm o controle absoluto sobre os seus
sujeitos. O profissional deixa claro que a pessoa tem o controle. Você não
começará a falar espontaneamente, ou revelar informações que gostaria de manter
em segredo. Pode-se
falar durante a hipnose e seu hipnólogo pode querer usar uma técnica que inclui
conversa para ajudá-lo em seu problema.
As experiências de
vida tornam-se aprendizagens e durante o transe hipnótico é possível
desenvolver novas, reformular o pensamento, rever e mudar hábitos, descobrir
qualidades. Não podemos modificar as experiências que já foram vividas, mas é
possível criar uma nova roupagem e enquadrar uma nova percepção do viver e
conseqüentemente adquirindo outros comportamentos e atitudes perante as novas
experiências que virão. Refletir sobre a própria realidade ou desenvolver o
reconhecimento da responsabilidade sobre si mesmo, possibilita a reconstrução
diária, pois é através dos recursos internos que a pessoa poderá compreender,
solucionar e adaptar-se diante de antigas e novas experiências.
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