21 de dezembro de 2012

Comunicação e Relacionamento


Comunicação e Relacionamento


            
Esse artigo sobre comunicação e relacionamento foi escrito por uma conhecida muito especial, a quem admiro e muito me inspirou na PNL. Escrito por Maria da Glória Pereira, Psicóloga, Hipnoterapeuta, Coach, Trainer em PNL que tive o prazer de conhecer em minha certificação em Programação Neurolinguística. Vamos a ele!

Nos comunicamos e nos relacionamos 24 h por dia.  Com quem você se relaciona e comunica assim que acorda?  Com você mesmo.

Nós somos a primeira pessoa com quem nos comunicamos porque ao abrir os olhos, acontece a comunicação não verbal, é quando sentimos nosso corpo despertar e nesse  momento é possível escolher como será o meu dia.

Pode parecer estranho, mas ao acordar, comunico a mim mesma como quero que seja meu dia.  Se acordo bem, tranquila, no horário, gosto de mim/ da minha família e do que eu faço/ do meu trabalho provavelmente a minha escolha (apesar ser um processo Inconsciente) será por um dia feliz e produtivo.  Agora, se acordo mal-humorada, reclamando de tudo; provavelmente a minha escolha será um dia mais difícil e complicado. A vida é feita de escolhas, então, que façamos as melhores.

Agora que você tem essa informação, busque na memória se os dias mais confusos e “estranhos” foram aqueles em que você não acordou muito bem. Isso é comunicação, é “dizer” a você mesmo o que deseja. Tudo principia no pensamento e dependendo do que eu pense estarei criando a minha realidade porque não lidamos com a realidade propriamente dita e sim, com a percepção que temos dela.

Por exemplo: Jarra com água na mesa – eu vejo e adoro porque estou com sede, outra pessoa rega uma planta e uma terceira pessoa reclama porque está fora da geladeira. A situação é a mesma, a minha percepção é que muda e assim, acontece no dia a dia quando nos relacionamos e nos comunicamos, seja pessoal ou profissionalmente.

Tem a estória de um “casal que sai para passear” e o homem dirige. Eles vão conversando felizes e a mulher depois de um tempo pergunta: “meu amor você não quer parar para tomar um café?”
R: “não” e continuou conversando animado, um tempo depois ela pergunta novamente: “meu amor você não quer parar para lanchar?”

R: “não” e continuou animado na conversa.  Depois de um tempo, ele faz uma pergunta a ela que reponde mal humorada: “Não sei” e ele estranha a reação dela e pergunta: “o que aconteceu meu amor?, o que você tem?” e ela “danada da vida” responde: “não tenho nada!”.  Ela faz uma pausa e diz irritada: “custava alguma coisa parar para tomar um café ou lanchar?”
Quem é que queria tomar o café e lanchar?

Era ela, mas não foi clara nem objetiva, faltou assertividade.  Nessa história foi a mulher, mas homens e mulheres fazem isso (não é uma característica exclusivamente feminina).  Nem sempre são claros e objetivos assim, acontecem as falhas na comunicação e problemas no relacionamento.

É importante e necessário que saibamos o que queremos e que sejamos claros nas nossas solicitações e conversas.  Temos a tendência de enumerar tudo o que não queremos e sabemos isso muito bem, sendo que é mais importante e mais prático para o cérebro saber “o que eu realmente quero”.

A assertividade e a clareza são primordiais para evitar conflitos. Atenção e cuidado ao que fala e como fala.

A comunicação surge através de um desenho, do olhar, do sorriso, gestos, na escrita e na fala. A responsabilidade da comunicação está naquele que transmite a informação, então, se a outra pessoa não compreendeu, verifica o que você falou e como falou.

Existe uma pesquisa realizada numa universidade da Califórnia por Albert Mehrabian, que mostra que 55% da comunicação diz respeito ao não-verbal, 38% tom de voz e somente 7% ao conteúdo.  Não é que o conteúdo seja menos importante, mas se eu chego aqui com os ombros para baixo, falo “arrastado” e começo a passar as informações, com certeza vocês ficarão mais atentos ao meu corporal e ao tom de voz.

A maior parte do desemprego acontece por problemas de relacionamento e falhas na comunicação.

Existem pontos importantes que auxiliam na comunicação:

CARISMA: dom de influenciar, impressionar, estar presente, seduzir; é uma característica de liderança;

EMPATIA: habilidade de se colocar no lugar do outro, proporciona o aumento do respeito:

RAPPORT: ajuda a desenvolver a empatia. É entrar em sintonia, como numa dança, é um espelhamento verbal e não-verbal. Regra: acompanhe, acompanhe, acompanhe e conduza.  Usar sempre a elegância e a sutileza para espelhar;

BACKTRAKING : usar palavras chave ou frases da pessoa com quem estamos conversando, sempre com elegância e sutileza. OBJETIVO: auxilia em vendas, reduz conflitos, levanta valores;

FEEDBACK: retorno. Não existe fracasso, existe um resultado diferente do esperado. É dado em relação ao comportamento e não a identidade. A PNL fala sobre o FEEDBACK BURGUER. (1º- o que foi bom, 2º - o que precisa melhorar, 3º - ponto alto);

METAMODELO DE LINGUAGEM: Toda vez que falamos, nós omitimos, generalizamos ou distorcemos. O metamodelo usa a linguagem para esclarecer a própria linguagem e recuperar informações perdidas ou alteradas.  Por exemplo:

Omissão – “eles estão sempre conversando”. Eles quem? Conversando sobre o quê?

Generalização – “ninguém gosta de mim”. Ninguém mesmo?! Nem seu pai, sua mãe?!   /  “ela sempre age assim” –  todas as vezes ela age assim?  assim como?

Distorção – “imagino que ele não gostou do presente” – quais as evidências que te fazem acreditar nesse fato? O que você viu e ouviu que te fez acreditar nisso?

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL – é a capacidade de identificar os nossos sentimentos, os sentimentos dos outros, nos motivarmos e administrarmos bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos;

Quando esses componentes (empatia, rapport, backtraking, feedback, metamodelo de linguagem e os padrões) fazem parte do meu dia a dia e de forma consciente, com certeza, me comunicarei melhor. Não existe “falar sem querer”, “falar sem pensar” – quando isso acontece é porque a pessoa falou na verdade o que pensava , queria e/ou acreditava, sendo que não passou pelo filtro da educação, limite ou bom senso.

Existe uma estória muito interessante que diz: “Um homem rico estava muito mal, agonizando. Pediu papel e caneta. Escreveu assim: “Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres.”

Morreu antes de fazer a pontuação.  A quem deixava a fortuna? Eram quatro concorrentes.”

Faça de conta que é um dos concorrentes à herança e pontue o seu texto, antes de continuar a leitura. A irmã fez a seguinte pontuação: “Deixo meus bens a minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.”

O sobrinho chegou depois e pontuou assim: “Deixo meus bens a minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.”

O padeiro pediu uma cópia do testamento original e puxou a brasa para a sardinha dele: “Deixo meus bens a minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.”

Aí, chegaram os descamisados e um deles deu a sua interpretação: “Deixo meus bens a minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada. Dou aos pobres.”

MORAL DA HISTÓRIA: A vida pode ser vivida e interpretada de várias formas, depende da pontuação que nós fazemos. Assim é na comunicação e no relacionamento, dependendo de como interagimos e falamos teremos várias respostas diferentes e nem sempre será aquela que desejamos.  Por isso que a PNL diz: “O mapa não é o território”.

Desejo que após esse texto você esteja cada vez mais consciente do seu papel como comunicador, tanto na vida pessoal quanto na vida profissional e se relacione de forma clara, objetiva, com empatia, dando o retorno (feedback), fazendo rapport, utilizando o backtraking, estando atento aos seus padrões de linguagem e usando a Inteligência Emocional.


17 de dezembro de 2012

Metamodelo com Níveis lógicos – Parte II


Metamodelo com Níveis lógicos – Parte II




Os Níveis Lógicos na PNL formam um modelo simples e preciso onde recursos e informações que precisamos, podem surgir com mais clareza e precisão quando trabalhamos de maneira correta e eficaz esses níveis. Alinhando, podemos identificar o melhor ponto para intervirmos e traçarmos as estratégias para a mudança desejada.

Os Níveis Lógicos, como na imagem abaixo, é a via principal de acesso às experiências, identificando e mudando pontos em que a comunicação está ocorrendo de forma ineficaz, podemos obter muitos resultados. Vejamos cada um deles:




Ambiente - Podemos utilizá-lo em formas verbais na presença de nosso interlocutor, por telefone e ainda por meios eletrônicos como os e-mails e entre outros. O nível de ambiente afeta os limites externos onde agimos. Neste nível aparecem perguntas como: Quando e Onde? Saber as limitações do seu interlocutor abre a oportunidade de ajudá-lo a superar os seus limites. Com perguntas corretas ele mesmo chegará às suas conclusões.

Comportamento - O resultado de nossa comunicação só é entendido e interpretado no mapa do nosso interlocutor, tornando o diálogo e a flexibilidades características essenciais deste processo. Através da palavra podemos trazer experiências vividas para nosso consciente e com isso fazer as mudanças necessárias. O Metamodelo é fundamental nesse processo de orientação do discurso. As estratégias (ações) tomadas no nível de comportamento afetam e marcam nosso nível de ambiente. Neste nível responderemos perguntas como: O que. Quando trabalhamos esse nível, nos tornamos mais neutros, sem julgamentos e ciente das limitações que podem ocorrer na troca de experiências.

Capacidade - O nível de capacidade baseia-se em nossas habilidades (estratégias), respondendo a perguntas do tipo: De que maneira e Como. O metamodelo explora essa estrutura e aprofunda nossa coleta de dados. Isso pode ser fundamental para obtermos recursos e atingirmos metas.

Crenças e Valores - Neste nível podemos, através da linguagem, obter informações ocultas na fala e com isso modificar os meios de motivação e interpretação das experiências. Filtramos e assimilamos de acordo com o mapa mental e conforme as necessidades. As Crenças e Valores nos darão as razões para as quais o Metamodelo será eficaz em nossas vidas e no relacionamento com o outro, elas regem nossa motivação e nos dá a permissão para agir. Neste nível respondemos a perguntas do tipo: Por Que.

Identidade - A Identidade reforça todos os níveis anteriores. A formação dela é construída ao longo do desenvolvimento dos demais níveis. No que acreditamos e quais as bases formam nossa missão. Respondemos a perguntas do tipo: Quem.

Passar da estrutura superficial à profunda envolve uma série de perguntas e desafios que o Metamodelo codificou a partir da modelagem feita pelos criadores da PNL.

Espiritual - O propósito espiritual nos remete ao todo. O que mais podemos agregar a nossa experiência? A quem mais ela serve? As variáveis neste nível são profundas e abrange todo o universo dos níveis lógicos.

Utilizando o Metamodelo nos tornamos mais flexíveis e ficamos conscientes que os ruídos presentes na comunicação serão minimizados quando trabalharmos as deficiências. Ele pode ser inserido em todos os níveis de comunicação. Todos nós nos comunicamos em algum nível, e nossa intenção é que sejamos compreendidos. Vamos formando nossa identidade a partir do que transmitimos e validamos na fala. Somos bons comunicadores quando emitimos a mensagem em acordo com o interlocutor. Quando somos compreendidos e aceitos nas experiências e vivências do outro. Os resultados positivos, as decepções com o outro, as falhas, as omissões e os diversos fatores resultantes da comunicação.

O modelo é muito rico e pode ser usado de várias maneiras. A importância de conhecer em que nível você atua e o do interlocutor é o pulo do gato. Pode-se identificar e alterar padrões e hábitos há muito enraizados. É essencial fazer uma cuidadosa formulação de objetivos, lance mão de perguntas a fim de se chegar à origem desejada. Você já sabe ao certo o que realmente deseja?

Boa Sorte!