Comunicação e Relacionamento
Esse artigo
sobre comunicação e relacionamento foi escrito por uma conhecida muito especial,
a quem admiro e muito me inspirou na PNL. Escrito por Maria da Glória
Pereira, Psicóloga,
Hipnoterapeuta, Coach, Trainer em PNL que tive o prazer de conhecer em
minha certificação em Programação Neurolinguística. Vamos a
ele!
Nos comunicamos
e nos relacionamos 24 h por dia. Com
quem você se relaciona e comunica assim que acorda? Com você
mesmo.
Nós somos a
primeira pessoa com quem nos comunicamos porque ao abrir os olhos, acontece a
comunicação não verbal, é quando sentimos nosso corpo despertar e nesse momento
é possível escolher como será o meu dia.
Pode parecer
estranho, mas ao acordar, comunico a mim mesma como quero que seja meu dia. Se
acordo bem, tranquila, no horário, gosto de mim/ da minha família e do que eu
faço/ do meu trabalho provavelmente a minha escolha (apesar ser um processo
Inconsciente) será por um dia feliz e produtivo. Agora, se acordo mal-humorada,
reclamando de tudo; provavelmente a minha escolha será um dia mais difícil e
complicado. A vida é feita de escolhas, então, que façamos as
melhores.
Agora que você
tem essa informação, busque na memória se os dias mais confusos e “estranhos”
foram aqueles em que você não acordou muito bem. Isso é comunicação, é “dizer” a
você mesmo o que deseja. Tudo principia
no pensamento e dependendo do que eu pense estarei criando a minha realidade
porque não lidamos com a realidade propriamente dita e sim, com a percepção que
temos dela.
Por exemplo:
Jarra com água na mesa – eu vejo e adoro porque estou com sede, outra pessoa
rega uma planta e uma terceira pessoa reclama porque está fora da geladeira. A
situação é a mesma, a minha percepção é que muda e assim, acontece no dia a dia
quando nos relacionamos e nos comunicamos, seja pessoal ou profissionalmente.
Tem a estória
de um “casal que sai para passear” e o homem dirige. Eles
vão conversando felizes e a mulher depois de um tempo pergunta: “meu amor você
não quer parar para tomar um café?”
R: “não” e
continuou conversando animado, um tempo depois ela pergunta novamente: “meu amor
você não quer parar para lanchar?”
R: “não” e
continuou animado na conversa. Depois de um tempo, ele faz uma pergunta a ela
que reponde mal humorada: “Não sei” e ele estranha a reação dela e pergunta: “o
que aconteceu meu amor?, o que você tem?” e ela “danada da vida” responde: “não
tenho nada!”. Ela faz uma pausa e diz irritada: “custava alguma coisa parar
para tomar um café ou lanchar?”
Quem é que
queria tomar o café e lanchar?
Era ela, mas
não foi clara nem objetiva, faltou assertividade. Nessa história foi a mulher, mas homens e mulheres fazem isso (não é
uma característica exclusivamente feminina). Nem sempre são
claros e objetivos assim, acontecem as falhas na comunicação e problemas no
relacionamento.
É importante e
necessário que saibamos o que queremos e que sejamos claros nas nossas
solicitações e conversas. Temos a tendência de enumerar tudo o que não queremos
e sabemos isso muito bem, sendo que é mais importante e mais prático para o
cérebro saber “o que eu realmente quero”.
A assertividade
e a clareza são primordiais para evitar conflitos. Atenção e cuidado ao que fala
e como fala.
A comunicação
surge através de um desenho, do olhar, do sorriso, gestos, na escrita e na fala.
A responsabilidade da comunicação está naquele que transmite a informação,
então, se a outra pessoa não compreendeu, verifica o que você falou e como
falou.
Existe uma
pesquisa realizada numa universidade da Califórnia por Albert Mehrabian, que
mostra que 55% da comunicação diz respeito ao não-verbal, 38% tom de voz e
somente 7% ao conteúdo. Não
é que o conteúdo seja menos importante, mas se eu chego aqui com os ombros para
baixo, falo “arrastado” e começo a passar as informações, com certeza vocês
ficarão mais atentos ao meu corporal e ao tom de voz.
A maior parte
do desemprego acontece por problemas de relacionamento e falhas na
comunicação.
Existem pontos importantes que auxiliam na
comunicação:
CARISMA: dom de
influenciar, impressionar, estar presente, seduzir; é uma característica de
liderança;
EMPATIA:
habilidade de se colocar no lugar do outro, proporciona o aumento do
respeito:
RAPPORT: ajuda
a desenvolver a empatia. É entrar em sintonia, como numa dança, é um
espelhamento verbal e não-verbal. Regra: acompanhe, acompanhe, acompanhe e
conduza. Usar sempre a elegância e a sutileza para espelhar;
BACKTRAKING :
usar palavras chave ou frases da pessoa com quem estamos conversando, sempre com
elegância e sutileza. OBJETIVO: auxilia em vendas, reduz conflitos, levanta
valores;
FEEDBACK:
retorno. Não existe fracasso, existe um resultado diferente do esperado.
É
dado em relação ao comportamento e não a identidade. A PNL fala
sobre o FEEDBACK BURGUER. (1º- o que foi bom, 2º - o que precisa melhorar, 3º -
ponto alto);
METAMODELO DE
LINGUAGEM: Toda vez que falamos, nós omitimos, generalizamos ou distorcemos. O
metamodelo usa a linguagem para esclarecer a própria linguagem e recuperar
informações perdidas ou alteradas. Por exemplo:
Omissão – “eles
estão sempre conversando”. Eles quem? Conversando sobre o quê?
Generalização –
“ninguém gosta de mim”. Ninguém mesmo?! Nem seu pai, sua mãe?! / “ela sempre age assim” –
todas as vezes ela age assim? assim como?
Distorção – “imagino que ele não gostou do presente” – quais as
evidências que te fazem acreditar nesse fato? O que você viu
e ouviu que te fez acreditar nisso?
INTELIGÊNCIA
EMOCIONAL – é a capacidade de identificar os nossos sentimentos, os sentimentos
dos outros, nos motivarmos e administrarmos bem as emoções dentro de nós e nos
nossos relacionamentos;
Quando esses
componentes (empatia, rapport, backtraking, feedback, metamodelo de linguagem e
os padrões) fazem parte do meu dia a dia e de forma consciente, com certeza, me
comunicarei melhor. Não existe “falar sem querer”, “falar sem pensar” – quando
isso acontece é porque a pessoa falou na verdade o que pensava , queria e/ou
acreditava, sendo que não passou pelo filtro da educação, limite ou bom senso.
Existe uma
estória muito interessante que diz: “Um homem rico estava muito mal, agonizando.
Pediu papel e caneta. Escreveu assim: “Deixo meus bens a minha irmã não a meu
sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos
pobres.”
Morreu antes de
fazer a pontuação. A
quem deixava a fortuna? Eram quatro
concorrentes.”
Faça de conta
que é um dos concorrentes à herança e pontue o seu texto, antes de continuar a
leitura. A irmã fez a seguinte pontuação: “Deixo meus bens a minha irmã. Não a
meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos
pobres.”
O sobrinho
chegou depois e pontuou assim: “Deixo meus bens a minha irmã?
Não!
A meu sobrinho. Jamais será
paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.”
O padeiro pediu
uma cópia do testamento original e puxou a brasa para a sardinha dele: “Deixo
meus bens a minha irmã? Não!
A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos
pobres.”
Aí, chegaram os
descamisados e um deles deu a sua interpretação: “Deixo meus bens a minha irmã?
Não!
A meu sobrinho?
Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada. Dou aos pobres.”
MORAL DA
HISTÓRIA: A vida pode ser vivida e interpretada de várias formas, depende da
pontuação que nós fazemos. Assim é na comunicação e no relacionamento,
dependendo de como interagimos e falamos teremos várias respostas diferentes e
nem sempre será aquela que desejamos. Por isso que a PNL diz: “O mapa não é o
território”.
Desejo que após
esse texto você esteja cada vez mais consciente do seu papel como comunicador,
tanto na vida pessoal quanto na vida profissional e se relacione de forma clara,
objetiva, com empatia, dando o retorno (feedback), fazendo rapport, utilizando o
backtraking, estando atento aos seus padrões de linguagem e usando a
Inteligência Emocional.