1 de abril de 2013

Aptidões Cerebrais




As mudanças sociais, culturais e de inovações tecnológicas têm forçado as empresas a readaptarem suas estruturas, estratégias e formas de trabalho. As competências gerenciais implicam tanto na detenção de um conhecimento quanto na capacidade comportamental de agir de maneira adequada. Relacionar modelos mentais com competências gerenciais pode ser um fator de vantagem competitiva para as organizações.

Cada vez mais se acentua a necessidade de profissionais competentes, sobretudo daqueles que comandam as organizações, para a adaptação e sobrevivência em um mercado altamente competitivo e baseado no conhecimento. O conhecimento tem se firmado como um elemento essencial para qualquer nível de atividade organizacional. Um dos principais pilares da gestão do conhecimento é a adequada gestão do capital intelectual da organização e tornou-se essencial como uma fonte de vantagem competitiva.

Para renovar e sustentar uma vantagem competitiva no atual ambiente de negócios, a gestão deve ser feita no sentido de captar e utilizar todos os conhecimentos e competências dos seus colaboradores, entre as quais se destacam suas aptidões e competências gerenciais, com o intuito de atingir os objetivos estratégicos da organização. Neste sentido, as ciências cognitivas, cujo foco é estudar o conhecimento em si e suas formas de representação, manipulação e armazenamento, têm muito a contribuir. Felizes as empresas que já descobriram e implantaram em suas equipes.

Estudiosos das ciências cognitivas entre outros profissionais têm proposto diversas ferramentas no sentido de identificar modelos mentais, aptidões cerebrais, estilos cognitivos e/ou tipos psicológicos. Estas ferramentas procuram representar aquilo que está contido no cérebro humano e que provoca determinados comportamentos e atitudes na realização das tarefas. Uma destas ferramentas foi apresentada por William "Ned" Herrman (HERRMAN, 1990) que propôs a teoria da dominância cerebral, pela qual é possível identificar modelos de uso preferencial de aptidões cerebrais.

Podemos nos perguntar enquanto líderes/gestores de outros ou de nossas próprias vidas, a função ocupada por um determinado indivíduo em uma organização, solicita o estudo de suas aptidões cerebrais e as competências requeridas pelo cargo? Este tipo de avaliação é muito rica pois permite:

1) Obter uma descrição de como os indivíduos obtêm e tratam as informações;

2) Identificar vulnerabilidades em uma equipe de projeto;

3) Informar ao grupo como apresentar e comunicar informações aos colegas ou aos clientes;

4) Entender as diferenças entre as pessoas no ambiente de trabalho;

5) Obter informações sobre necessidades de treinamento nas equipes de trabalho;

6) Demonstrar o valor de ter estilos diversos na equipe;

7) Melhorar a solução de problemas e a tomada de decisão;

8) Melhorar a eficácia na resolução de conflitos;

9) Reduzir o nível de stress;

10) Ajudar o grupo a ser mais eficaz em reuniões;

11) Melhorar a produtividade associando pessoas a projetos de acordo com seu perfil ou estilo preferido;

12) Auxiliar o grupo no cumprimento de prazos por meio de uma distribuição adequada de tarefas;

13) Proporcionar o autoconhecimento e melhorar o relacionamento interpessoal com os colegas e clientes.

Posteriormente falaremos sobre como este conhecimento amplia a possibilidade de sucesso no desenvolvimento das competências individuais, alinhando-as com as competências organizacionais e trazendo, consequentemente, vantagens a longo prazo para o indivíduo e para a organização. É um recurso importante que permite aos indivíduos desenvolver suas competências no aprender a aprender.