18 de janeiro de 2013

Desmistificando a Hipnose


Desmistificando a Hipnose



Venho abordar esse tema para desmistificar a palavra Hipnose. Muitos tem medo da prática e da utilização de suas ferramentas, por não terem conhecimento de como, sendo bem empregada, pode ajudar e transformar. Quase todo mundo já experimentou alguma forma de hipnose em algum momento da sua vida. Pense em alguma vez em que você se pegou, por um breve momento, inconsciente daquilo que estava fazendo. Na verdade, toda hipnose é auto-hipnose e o paciente está sempre no controle. Não há nada a temer, porque é um processo completamente seguro quando é usada profissionalmente.

A palavra hipnose vem do grego hypnos, que significa sono. Mas na verdade não é isso que acontece, é uma forma de comunicação que pode provocar mudanças no pensamento, no sentimento e no comportamento. O Dr. Milton Erickson, fundador da American Society of Clinical Hypnosis, criou a Hipnose Eriksoniana quando surgiu com essa ferramenta para a modernização da hipnose clássica.

Trata-se de um estado alterado de consciência e percepção, de relaxamento, no qual o consciente e o inconsciente podem ser focalizados por ficarem mais receptivos à sugestões. É possível haver um processo educativo, de orientação, recuperação e modificação do que leva determinada pessoa a ter certo comportamento indesejado, auxiliando e proporcionando o ajustamento, a superação e solução de conflitos e problemas diversos. 

O uso dessa ferramenta facilita, em teoria, a descoberta de novas opções na vida e a quebra de padrões de sentimentos e comportamento indesejáveis. Os fenômenos hipnóticos podem ser descritos como sendo: Rapport, catalepsia (ausência da vontade de se mover), dissociação (pensamento/ sensação/ sentimento), analgesia (diminuição da sensibilidade à dor), anestesia (não sentir parte do corpo), regressão de idade, progressão de idade (o que na PNL chamamos de Ponte ao futuro), distorção do tempo, entre outros.

A Hipnose Ericksoniana também é conhecida por Hipnose Moderna, pelo motivo de utilização do método conversacional ou simplesmente o uso coloquial das palavras. Em uma conversa tradicional a pessoa é levada a um estado alterado de consciência, facilitando o entendimento, processamento e interação inconsciente. Ela pode ser usada para muitos tratamentos e apoio dentro da Psicologia, na medicina, na odontologia entre outros.

Como muitos outros, um dos maiores mitos sobre hipnose é que você perderá a consciência. Na hipnose você muda da consciência de vigília para a consciência hipnótica, porém não se perde a consciência. Você ficará ciente de tudo em cada momento e ouvirá tudo que o hipnólogo estiver dizendo. Consciência de vigília é quando você está alerta para o que acontece ao seu redor, consciência hipnótica é quando você se volta para o seu próprio interior. De forma alguma a sua vontade se enfraquecerá, você estará no controle e, se desejar por qualquer razão sair do estado hipnótico, pode fazer isso simplesmente abrindo os olhos. Você não pode ser forçado a fazer nada contra a sua vontade. Os hipnotistas de palco gostam de que a platéia acredite que eles têm o controle absoluto sobre os seus sujeitos. O profissional deixa claro que a pessoa tem o controle. Você não começará a falar espontaneamente, ou revelar informações que gostaria de manter em segredo. Pode-se falar durante a hipnose e seu hipnólogo pode querer usar uma técnica que inclui conversa para ajudá-lo em seu problema.

As experiências de vida tornam-se aprendizagens e durante o transe hipnótico é possível desenvolver novas, reformular o pensamento, rever e mudar hábitos, descobrir qualidades. Não podemos modificar as experiências que já foram vividas, mas é possível criar uma nova roupagem e enquadrar uma nova percepção do viver e conseqüentemente adquirindo outros comportamentos e atitudes perante as novas experiências que virão. Refletir sobre a própria realidade ou desenvolver o reconhecimento da responsabilidade sobre si mesmo, possibilita a reconstrução diária, pois é através dos recursos internos que a pessoa poderá compreender, solucionar e adaptar-se diante de antigas e novas experiências. 


14 de janeiro de 2013

Metaprogramas


Metaprogramas



Segundo a PNL, Metaprogramas são os filtros perceptivos que normalmente usamos. Padrões que utilizamos para determinar que informação chegará até nós. Eles são sistemáticos e habituais e podem permanecer imutáveis e mudam quando há uma alteração de contexto. Filtram o mundo para nos ajudar a criar nosso próprio mapa, nosso contexto de vida. São identificados pela maneira como falamos ou nos comportamos. São importantes em áreas que utilizem a motivação como ferramenta e da tomada de decisões. Os bons comunicadores adaptam sua linguagem ao modelo de mundo do seu receptor através do Rapport


Como observamos uma situação, o que existe concretamente, o que está faltando, tudo isso demonstra nossos padrões. Uma linguagem congruente com os Metaprogramas da outra pessoa facilita e assegura que o interlocutor possa compreendê-la com facilidade. Isso permite economizar energia para tomar decisões e encontrar motivação


Como eles filtram a experiência, e como transmitimos nossa experiência através da linguagem, alguns padrões de linguagem são típicos de certos Metaprogramas. Há muitos padrões que podem ser qualificados como Metaprogramas, e nenhum deles é melhor ou correto por si só. Tudo depende do contexto e do objetivo que se deseja atingir. Vamos a alguns mais conhecidos:


Proativo – Reativo - Estes padrões dizem respeito à ação. 

A pessoa proativa toma a iniciativa e faz o que deve ser feito. Não espera que os outros iniciem a ação. Usa frases completas, geralmente contém um sujeito pessoal, um verbo na voz ativa e um objeto tangível. 

A pessoa reativa espera que os outros tomem a iniciativa ou pensa muito antes de agir, levando muito tempo para tomar uma decisão ou nem chega a agir. Usa verbos na voz passiva e frases incompletas, muitas vezes com qualificações e substantivações. 


Aproximação – Afastamento - Estes padrões referem-se à motivação e revela como as pessoas mantêm o seu nível de concentração. 

Pessoas que têm um padrão de aproximação se concentram em seus objetivos. Vão atrás daquilo que querem. As pessoas que têm esse Metaprograma são motivadas por objetivos e recompensas. São pessoas boas em estabelecer objetivos. 
 Já as pessoas que possuem o padrão de afastamento reconhecem facilmente os problemas e sabem o que evitar, porque vêem claramente aquilo que não querem. Esse padrão trabalha muito bem em funções de controle e qualidade, pois facilmente encontram erros. A motivação das pessoas que têm o padrão de afastamento é evitar problemas e punições. 


Interno - Externo - Estes padrões referem-se ao local onde as pessoas encontram seus padrões ou normas. 

Uma pessoa interna terá seus padrões interiorizados e os utilizará para fazer comparações e tomar decisões. Ela insiste em decidir por si mesma com base em seus próprios padrões e crenças. Uma pessoa fortemente interna vai resistir às decisões alheias por melhores que elas sejam, tendo dificuldade em aceitar ordens superiores.

As pessoas externas precisam que outras pessoas lhes forneçam os padrões e a orientação. Perguntam aos outros a respeito de seus padrões e dão a impressão de ter dificuldade em tomar decisões. Precisam ser dirigidas e supervisionadas. A referência de sucesso tem que vir de fora, senão elas ficam inseguras, sem saber se fizeram o trabalho corretamente ou não. 


Opções - Procedimentos - Estes padrões são importantes no mundo dos negócios. 

Uma pessoa que possui o padrão opções quer ter possibilidades de escolha e criar alternativas. Hesitará em seguir caminhos muito utilizados, mesmo que bons. Já a pessoa que possui o padrão procedimentos tende a seguir caminhos já testados. Geralmente, não tem facilidade para criar novos caminhos, pois se preocupa mais com a maneira de fazer do que com o motivo que a leva a fazer algo. Tende a acreditar que há uma maneira correta de fazer as coisas. Não é uma boa ideia empregar uma pessoa que tem esse padrão para criar alternativas, assim como não vale a pena contratar uma pessoa que tem o padrão opções para qualquer tarefa em que o sucesso depende de seguir o procedimento inteiramente. Essas pessoas não se adaptam a rotinas, pois se sentem compelidas a ser criativas. 


Geral – Específico - Estes padrões referem-se a argumentação. 

As pessoas do padrão geral gostam de ter a imagem completa. Sentem-se mais à vontade quando lidam com grandes segmentos de informação. São pensadores globais e generalistas. Não seguem etapas ou padrões. Vê a sequência total como um segmento, em vez de uma série de etapas gradativas, e com isso elimina muitas informações.
Já a pessoa específica sente-se melhor com pequenos segmentos de informação, partindo do específico para o geral. Também gosta de sequências, e em casos extremos, só é capaz de lidar com o próximo passo da sequência que está seguindo. Tendem a usar termos como "etapas" e "sequências", a fazer descrições muito específicas e a usar nomes próprios. 

As pessoas do padrão geral são muito boas para planejar e criar estratégias, enquanto as pessoas específicas são boas em tarefas sequenciais, em pequenas etapas, que exigem atenção para o detalhe. É possível determinar se uma pessoa é geral ou especifica a partir da linguagem que ela utiliza. Ela dá os detalhes ou apenas a imagem geral? 


Semelhança - diferença - Estes padrões referem-se a comparações. 

Algumas pessoas notam aquilo que as coisas têm em comum. Esse padrão é chamado de semelhança. Geralmente se contentam em fazer o mesmo tipo de trabalho anos a fio e se adaptam bem a tarefas que permanecem essencialmente imutáveis. Há pessoas ainda, que observam a semelhança com exceções. Estas pessoas, em geral, gostam que as mudanças ocorram gradativa e vagarosamente e preferem que seu trabalho evolua com o passar do tempo. Quando aprendem uma tarefa, aceitam realizá-la por um longo tempo e são boas na maioria das coisas que fazem. 

As pessoas que possuem o padrão de diferença observam as divergências quando fazem comparações. Apontam as diferenças e costumam se envolver em discussões. Uma pessoa que nota dessemelhanças examinará com muito cuidado uma informação recebida, preocupada em achar discrepâncias. Com isso, é capaz de levar à loucura uma pessoa que possua o padrão de semelhança e raciocine em grandes segmentos. Gostam de mudança e em geral trocam muitas vezes de emprego. Há pessoas que observam as diferenças com exceções, notam primeiro as diferenças e depois as semelhanças. São pessoas que procuram a mudança e a variedade, porém não no mesmo nível que as que possuem o padrão de diferença.


Contudo, poucas pessoas se enquadram em um único padrão de maneira tão extrema. A maioria revela uma mistura de ambos os padrões. Os Metaprogramas são muito úteis em diversas áreas de atuação, para ser mais efetivo, você deve ter conhecimento das suas preferências e ser suficientemente flexível para se comunicar com pessoas em termos do modelo do mundo delas. Faça a diferença, perceba padrões, pratique o Rapport e acumule ganhos.